O Instituto de Ciências Médicas da Índia, onde Vajpayee tinha sido hospitalizado durante mais de dois meses com uma infeção nos rins e um edema pulmonar, anunciou a sua morte.
“A sua morte marca o fim de uma era – ele viveu para a nação e serviu-a diligentemente por décadas”, escreveu o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na sua conta official da rede social Twitter.
Vajpayee, líder do partido nacionalista hindu Bharatiya Janata e antigo jornalista, era, em muitos aspetos, uma contradição política: foi um líder moderado de um movimento nacionalista hindu e enquanto primeiro-ministro ordenou testes nucleares em 1998, alimentando temores de uma guerra atómica entre a Índia e o Paquistão.
Um ano depois foi o próprio Vajpayee quem deu os primeiros passos em direção à paz entre os dois países vizinhos.
Vajpayee ocupou o cargo de primeiro-ministro três vezes: em 1996, 1998-99 e 1999-2004.
A sua carreira política, que durou cinco décadas, atingiu o auge na década de 1990, quando dezenas de milhares de pessoas seguiam os seus discursos, fascinados pelas suas tiradas poéticas.
Em 1999, enquanto primeiro-ministro, esteve nas reuniões históricas com o primeiro-ministro do grande rival da Índia, o Paquistão.
Contudo, a sua imagem de pacifista colapsou quando a violência entre combatentes pró paquistaneses e soldados indianos incendiou a região disputada de Caxemira, fazendo mais de mil mortos.
Vajpayee retirou-se da vida política após a derrota eleitoral em 2004.
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