"Ontem (quinta-feira) foi apresentada uma queixa", confirmou à AFP uma porta-voz do gabinete do xerife do condado de Albany, a capital do Estado, sem mais detalhes.

Segundo vários meios norte-americanos, a queixa foi apresentada por uma mulher, que se queixou de vários gestos inapropriados e indecentes desde o final de 2019 por parte do governador, acusações que este rejeitou.

Esta queixa abre a porta a possíveis processos judiciais ao governador, o qual viu vários dos seus aliados e correligionários democratas, entre os quais o presidente Joe Biden, a apelarem a que se demitisse.

O parlamento do Estado de Nova Iorque abriu um processo que pode levar à sua destituição.

Governador do Estado de Nova Iorque desde 2011, reeleito em 2014 e 2018, Andrew Cuomo, de 63 anos, tornou-se uma figura nacional no pico da pandemia do novo coronavirus, na primavera de 2020, graças às suas conferências de imprensa diárias e teledifundidas, vistas como racionais e tranquilizantes em plena crise.

Segundo o relatório divulgado na terça-feira, a assistente que apresentou queixa deplorou que ele lhe tenha feito "declarações íntimas", "apalpado as nádegas" várias vezes, durante abraços e fotografias e, por uma vez, em novembro de 2020, de lhe ter "colocado a mão dentro da blusa e agarrado um seio".

Por seu lado, Cuomo garantiu, na terça-feira, "nunca ter tocado em alguém de forma inapropriada ou feito avanços sexuais inapropriados".

O relatório resulta de um inquérito feito pelo gabinete da procuradora do Estado de Nova Iorque, Letitia James.