O auto de consignação da empreitada vai ser assinado na segunda-feira entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Administração do Porto de Aveiro e o consórcio de empresas a quem foi adjudicada a obra.

Num comunicado conjunto divulgado hoje, a APA e o Porto de Aveiro referem que esta será a “maior alimentação artificial de elevada magnitude” de um troço costeiro realizada até hoje, dando assim cumprimento a uma “estratégia sustentável e de longo prazo baseada na manutenção do balanço sedimentar” preconizada pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática.

O volume total de areias a retirar e dragar da Zona de Atividades Logísticas e Industriais (ZALI) do Porto de Aveiro, transportar e a repulsar para o troço costeiro a sul da barra de Aveiro, entre a Costa Nova (Ílhavo) e Vagueira (Vagos), será de 2.375.000 metros cúbicos.

A empreitada, com um prazo de execução de 136 dias, deverá realizar-se entre maio e setembro, em período de baixa ondulação (menos de dois metros) e sempre respeitando as marés, por motivos relacionados com a operação das dragas e o bombeamento/repulsão de areias para a zona imersa das praias.

“Esta intervenção é uma obra de proteção costeira, para proteção de pessoas e bens, contra o desgaste e destruição provocados pela ação dos agentes hidráulicos de erosão, conseguindo-se que a zona de rebentação da ondulação fique mais afastada da linha de costa, evitando, ainda, o recuo da linha de costa e a consequente perda de território”, refere a mesma nota.

Além de pôr fim aos transtornos que o monte de areia depositado junto ao Porto de Aveiro tem vindo a provocar nos últimos anos aos moradores da área envolvente, esta obra irá permitir concluir a “2.ª fase da Infraestuturação da ZALI”, dando continuidade a uma estratégia de expansão e industrialização daquela infraestrutura portuária.

Em complemento desta intervenção, a APA adjudicou à Universidade de Aveiro a caracterização qualitativa e quantitativa dos resultados desta transposição, com o objetivo de aferir a eficiência da intervenção de alimentação artificial das praias, por um prazo de execução de 12 meses.