Nesta terça-feira, cerca de 1,3 milhões de alunos do ensino básico ao secundário regressam às aulas para o novo ano letivo.

Mas a reabertura das escolas volta a ficar marcada pela “falta de professores”, apontou o secretário-geral da Fenprof, esta manhã, à RTP3.

Na sexta-feira passada, o ministro da Educação, João Costa, fez um balanço positivo, estabelecendo uma comparação com números dos últimos dois anos para frisar que os horários por atribuir após a segunda reserva de recrutamento não era tão baixo desde 2019, representando um decréscimo de 50%.

Mário Nogueira concorda em parte, já que o esforço e “o trabalho que os professores desenvolveram para permitir a abertura das escolas este ano foi positivo”, mas frisa que o problema com a falta de professores mantém-se, “são mais ou menos 60 mil alunos sem professores na abertura deste ano letivo. Ontem, faltavam 705 professores para os horários que projetamos”, disse Mário Nogueira em reação ao balanço do ministro da Educação.

“O número de professores qualificados a sair do serviço é de 14 a 17%, entre as disciplinas de biologia e matemática, não há reposição”, lembra o sindicalista.

“O sr. ministro não gosta de ouvir, mas as medidas tomadas foram medidas avulsas que não dão resposta ao problema”, afirmou Mário Nogueira, lembrando a precariedade que se mantém na carreira docente.

“O problema tem a ver com os anos de precariedade que os professores atravessam para poder estabilizar. Os custos com a deslocalização e o aumento do custo de vida, os salários não chegam”, concluiu.