A realização de um estudo sobre os impactos da exploração do Terminal de Cruzeiros de Lisboa na saúde pública e no ambiente, a tomada de medidas que mitiguem a poluição causada pelos navios e um sistema de medição de emissões atmosféricas presente no terminal são algumas das medidas do BE aprovadas por unanimidade.

O PAN, por seu turno, recomenda a limitação do número de navios de cruzeiro que possam atracar anualmente no Porto de Lisboa, “baseado num estudo a ser realizado em parceria com a academia e as organizações não-governamentais ambientais num prazo máximo de seis meses”.

O partido pede também “uma maior fiscalização dos combustíveis utilizados e uma monitorização do impacto ambiental causado pelos diversos navios”.

O PAN defende ainda a criação de “um fundo para o carbono emitido cujas receitas sejam provenientes de uma taxa aplicável aos proprietários dos navios" e que "revertam para a descarbonização do transporte marítimo"

Os eleitos aprovaram ainda um ponto que visa “proibir que os navios atracados mantenham os motores em funcionamento, devendo o fornecimento de eletricidade provir do Porto de Lisboa”.

As duas recomendações continham pontos que foram rejeitados pela Assembleia Municipal de Lisboa, como a limitação da atracagem de navios de cruzeiro com 1.000 toneladas e "a proibição, já a partir de 2021, de navios cruzeiro que não tenham transitado para energias mais limpas e sustentáveis".

Intervindo na sessão, o vice-presidente da câmara, João Paulo Saraiva (independente, eleito pelo PS), salientou que quem tutela a Administração do Porto de Lisboa é o Governo e que ambos os partidos recomendaram algumas medidas que não se enquadram nas competências municipais.