Em relatório, a organização acusou o Hamas de várias agressões sexuais, incluindo violações e mutilações genitais, o que o movimento palestiniano sempre negou.
Os escassos testemunhos diretos e públicos de sobreviventes e a falta de análises médico-legais ainda não permitiram estabelecer um quadro claro destas agressões e da sua dimensão. No seu documento, a associação descreve as agressões como parte integrante dos ataques de 7 de outubro.
Realçou, a propósito, as “similitudes” dos ataques: ao festival de música, aos kibboutz, às bases militares e às pessoas que foram feitas reféns.
As violências sexuais foram feitas sistemática e deliberadamente contra civis israelitas”, afirmou-se no documento, sustentado em testemunhos e entrevistas com testemunhas, mas não com vítimas, por vezes, recuperados dos meios de informação.
Aí se mencionaram “violações, muitas em grupo, sob ameaça de armas”.
Um sobrevivente do ataque ao festival de música é citado da descrição de “um apocalipse de cadáveres, raparigas despidas, algumas na parte de cima do corpo, outras, na de baixo”.
No kibboutz Beeri, onde foram mortos 90 habitantes, os socorristas dizem ter encontrado “corpos com sinais de ataque sexual”.
Agressões sexuais também foram reportadas em bases militares atacadas, com um soldado, citado no relatório, a dizer que viu pelo menos 10 corpos de soldados com sinais de violência sexual.
Alguns reféns libertados também mencionaram a existência de violência sexual. Casos de Chen e Agam Goldstein, que, depois de terem sido libertados ao fim de 51 dias de detenção, disseram que se cruzaram “pelo menos com três mulheres reféns agredidas sexualmente, durante o seu cativeiro”.
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