A Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP) pretende que sejam criados parques para a madeira queimada submersos, "em barragens ou em lagos", para que esta possa ser "conservada por mais tempo", afirmou o presidente da associação Vítor Poças à agência Lusa após uma reunião com empresários do setor, que decorreu esta tarde em Pombal, distrito de Leiria.
"Com recurso a água, a madeira pode durar mais um, dois ou três anos. Dura muito mais tempo", frisou o dirigente, sublinhando que a medida, apesar de dispendiosa, poderia atenuar os problemas criados pelo excesso de madeira que hoje existe e que a fileira não tem capacidade produtiva para absorver.
O secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, que esteve na reunião, afirmou que esta é uma medida que está a ser equacionada pelo Governo.
Há 15 dias, técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) deslocaram-se a França para ver esse mesmo método a funcionar, numa zona onde ventos fortes derrubaram há vários anos "cerca de 60 milhões de metros cúbicos" de árvores, contou à agência Lusa o membro do Governo.
"O resultado encontrado foi muito positivo", notou, sublinhando que os técnicos puderam constatar que, passado cinco anos do corte, a madeira ainda estava conservada.
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