Israel tem efetuado ataques aéreos quase diários a Rafah, onde mais de metade da população de Gaza, 2,3 milhões de habitantes, procurou refúgio dos combates noutros locais.
O primeiro ataque matou um homem, a mulher e o filho de 3 anos, segundo o Hospital do Kuwait, que recebeu os corpos.
A mulher estava grávida e os médicos conseguiram salvar o bebé, disse o hospital, segundo a agência norte-americana AP.
O segundo ataque matou oito crianças e duas mulheres, todas da mesma família, de acordo com os registos hospitalares.
Na noite anterior, um ataque aéreo em Rafah matou nove pessoas, incluindo seis crianças.
A guerra entre Israel e o Hamas provocou mais de 34.000 mortos em Gaza, segundo as autoridades sanitárias locais, devastou as duas maiores cidades do território e deixou uma faixa de destruição de norte a sul.
Cerca de 80% da população fugiu de casa para outras zonas do enclave costeiro sitiado, cuja população, segundo os peritos, está à beira da fome.
Israel culpa o Hamas pelas mortes de civis, porque os militantes combatem em bairros residenciais densos, mas os militares raramente comentam os ataques individuais, que muitas vezes matam mulheres e crianças.
Os militares israelitas afirmam que mataram mais de 13 mil combatentes do Hamas, sem fornecer provas.
O conflito, agora no sétimo mês, provocou uma agitação regional que opõe Israel e os Estados Unidos ao Irão e a grupos militantes aliados em todo o Médio Oriente.
No início de abril, Israel e o Irão trocaram tiros diretos, fazendo temer uma guerra total entre os inimigos de longa data.
As tensões também aumentaram na Cisjordânia ocupada por Israel.
As forças israelitas afirmaram que neutralizaram dois palestinianos que atacaram um posto de controlo com uma faca e uma arma perto da cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia, ao início do dia de hoje.
Não ficou imediatamente claro se os dois atacantes foram mortos. Nenhum elemento das forças israelitas ficou ferido.
Pelo menos 469 palestinianos foram mortos por soldados e colonos israelitas na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano.
A guerra em curso foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns. Israel afirma que os militantes ainda mantêm cerca de 100 reféns e os restos mortais de mais de 30.
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