“Neste momento, 10 pessoas morreram e cerca de 60 ficaram feridas em todo o país, como resultado dos ataques russos”, afirmou a polícia ucraniana, na rede social Facebook, acrescentando que agentes, investigadores e criminologistas estão a reunir “provas das atrocidades russas”.

De acordo com o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, cinco pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas, apenas na capital ucraniana.

“A ameaça de novos ataques continua presente”, acrescentou o autarca na rede social Twitter, pedindo à população para que se refugie em caso de alerta antiaéreo.

O primeiro-ministro ucraniano, Denis Chmygal, disse ainda que 11 grandes infraestruturas ficaram danificadas nos ataques desta manhã, em outras oito regiões.

Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o exército russo lançou 83 mísseis sobre a Ucrânia, dois dias depois de uma explosão ter danificado uma ponte russa na Crimeia, uma infraestrutura estratégica e símbolo da anexação desta península ucraniana pela Rússia.

Segundo a mesma fonte, 52 desses mísseis foram intercetados pela defesa aérea ucraniana, dos quais 43 eram mísseis de cruzeiro.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.