“Foi um atentado suicida. Encontrámos pedaços do corpo do atacante que mostram que tinha entre 16 e 18 anos”, afirmou o secretário do Interior da província, Sarfraz Bugti.
O responsável disse não poder neste momento confirmar qual o grupo por detrás do atentado, mas declarou: “Todos os grupos terroristas são os mesmos e coordenam os ataques.
O atentado foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.
Um porta-voz do governo do Baluchistão disse, entretanto, que o atentado fez “52 mortos e 105 feridos”.
“Todos os feridos foram transferidos para o hospital em ambulâncias militares. O exército está a ocupar o santuário e os acessos foram bloqueados. Os especialistas estão a trabalhar para reunir provas”, acrescentou.
Um sobrevivente da explosão que se encontrava no santuário com um grupo de 120 peregrinos quando ocorreu o ataque contou à AFP o que viveu: “A deflagração foi tão forte que as pessoas foram sopradas”.
“Toda a gente corria, gritava e procurava a sua família. As crianças procuravam as mães e os pais. Outros procuravam os irmãos e irmãs, mas não estava lá ninguém que ouvisse os seus gritos”, descreveu Mohammad Shehzad, de 25 anos.
A explosão ocorreu no meio de uma multidão no santuário de Shah Noorani, um santo do sufismo, um ramo místico do islão considerado herético por alguns grupos islamitas radicais, entre os quais os talibãs.
Cerca de 600 pessoas estavam no santuário, que se situa numa região montanhosa remota do distrito de Khuzdar, cerca de 760 quilómetros a sul de Quetta, a capital da província.
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