A informação foi avançada hoje à agência Lusa pelo presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques, indicando que, “até ao momento, foram registados mais de 1.100 sismos de baixa magnitude, com magnitude inferior a 3,3 na escala de Ritcher”.

“Temos registo de 63 sismos sentidos pela população até este momento e, durante a última noite, foram sentidos cinco eventos”, acrescentou o responsável.

Segundo Rui Marques, “a atividade sísmica que o CIVISA tem vindo a registar no sistema vulcânico fissural de Manadas desde as 16:05 do dia 19 de março (sábado) mantém-se acima dos valores de referência”, referindo que, neste momento, “ainda não é possível saber o padrão de comportamento desta crise sísmica”.

“Neste momento temos pouco mais do que 24 horas de crise sísmica. Estamos a acompanhar a situação, mas ainda é muito cedo para termos uma ideia do padrão que esta crise está a seguir”, explicou o presidente do CIVISA.

Rui Marques lembrou que, no domingo, seguiram de São Miguel para a ilha de São Jorge quatro técnicos do CIVISA com “a finalidade de aumentar a capacidade de monitorização no local” da crise sísmica, que ocorre numa zona entre a vila das Velas, na zona sul da ilha, e a Fajã do Ouvidor, na costa norte.

“A única coisa que podemos neste momento afirmar com certeza é que os valores estão acima daquilo que é o normal para este sistema vulcânico. O CIVISA continuará a acompanhar com muita atenção tudo aquilo que são os parâmetros monitorizados, mantendo uma estreita relação com o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, que está também em estreita colaboração com os serviços municipais de proteção civil das Velas e Calheta, os dois concelhos da ilha de São Jorge”, referiu ainda à Lusa.

Rui Marques sublinhou que “o único parâmetro que está fora do normal, neste momento, é a sismicidade”.

“Neste momento a nossa preocupação com este sistema é a mesma preocupação que devemos ter com qualquer sistema vulcânico ativo. Temos um sistema vulcânico ativo que neste momento tem uma crise sísmica. Vamos continuar a monitorizar”, frisou.

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