No dia 14 de outubro, a polícia e os agentes da alfândega espanhola intercetaram a maior remessa de cocaína que alguma vez chegou ao país, apreendendo mais de 13 toneladas de droga escondidas numa carga de bananas enviada do Equador.
Segundo o The Guardian, a Polícia Nacional de Espanha afirmou, na passada quarta-feira, que esta foi a segunda maior apreensão na Europa e uma das maiores no mundo.
De acordo com as autoridades, o contentor proveniente de Guayaquil, no Equador, que chegou ao porto de Algeciras, no sul de Espanha, foi intercetado, uma vez que a empresa exportadora equatoriana já tinha sido associada ao tráfico.
Após perceberem que a carga declarada do contentor e o peso real seriam diferentes, a polícia e os agentes iniciaram uma investigação.
"O contentor em questão tinha várias caixas que, na verdade, continham bananas usadas para esconder drogas", disse a Polícia Nacional espanhola.
"Atrás das caixas de bananas havia uma grande quantidade de caixas idênticas que continham tijolos de cocaína, embalados para caber exatamente nas caixas", continuou.
Após a descoberta, um tribunal de Algeciras autorizou uma rusga em quatro empresas em Alicante e uma em Madrid. Nas buscas foram encontradas grandes quantidades de documentação, o que levou à detenção de um sócio de uma empresa, em Toledo, suspeito de estar a aguardar a remessa de droga.
Por sua vez, dois diretores empresariais fugiram das autoridades.
Para a polícia, o tamanho da carga apreendida deixa claro a escalada da operação de distribuição internacional através de cargas de alimentos.
"É óbvio que estas 13 toneladas de cocaína não eram destinadas somente ao mercado espanhol", disse António Jesús Martínez, chefe da brigada central de narcóticos da Polícia Nacional Espanhola.
"O mercado espanhol não consegue lidar com tantas drogas de uma só vez. Estas drogas deveriam ser distribuídas por toda a Europa", explicou.
No ano passado, também no porto de Algeciras, as autoridades espanholas apreenderam 9,4 toneladas de cocaína.
Há quatro anos, a polícia desmantelou um gangue internacional que traficava cocaína da Colômbia para a Europa, impregnando-a no papelão usado em caixas de abacaxi e limão, e utilizando, depois, químicos para extraí-la.
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