"Todo o governo já está a sair", para a margem esquerda do rio Dnipro, disse o chefe da região, Vladimir Saldo, instalado em Moscou, prometendo que as forças de Moscovo "vão lutar até à morte" para manter o domínio sobre a cidade.
Vladimir Saldo salientou também que os civis estarão proibidos de entrar novamente na região por "um período de sete dias", garantindo também que as tropas que ali ficam têm "recursos suficientes para repelir ataques ucranianos"
O responsável salientou que a medida, juntamente com o movimento organizado de saída de civis da cidade, é uma precaução e prometeu que as forças russas continuarão a lutar contra a Ucrânia.
"Ninguém vai entregar Kherson. Mas não é ideal que os moradores estejam na cidade onde as hostilidades estão a acontecer", disse Saldo, acrescentando que, embora não haja números exatos, até 40% dos civis na região de Kherson estão a ser transferidos para evitar confrontos. "Ninguém está em pânico. Tudo está a correr bem e sendo feito de forma organizada".
As forças ucranianas lançaram uma contra-ofensiva em agosto para recuperar partes da região de Kherson, no sul, e as forças de Kiev estão também a recuperar território a caminho da principal cidade da região.
A cidade de Kherson e a região circundante foram capturadas pelas forças russas no início do conflito na primavera.
"Estamos à espera de ataques. Os ucranianos não estão a esconder isso. Temos força e capacidade suficientes para repelir esses ataques", alertou Saldo.
Também já nesta manhã de quarta-feira, as mesmas autoridades confirmaram a evacuação de civis, na ordem dos 60 mil. "Em Kherson, já começou o movimento organizado de moradores para o outro lado do Dnipro", revelaram então as autoridades pró-Rússia na cidade de Alyoshki, enquanto a TV russa Rossiya 24 mostrava imagens de pessoas à espera para embarcarem em balsas para atravessar o rio.
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