Em declarações aos jornalistas quando foi fazer o acolhimento como deputada na nova legislatura, Mariana Mortágua considerou que “fica muito claro que a barreira que o PSD prometeu criar face ao Chega afinal está cheia de exceções”, começando com a eleição do vice presidente da Assembleia da República do partido Chega, algo que “até agora tinha sido evitado”.

“O Bloco de Esquerda vai opor-se a este acordo entre o PSD e o Chega e ao nome escolhido para presidente da Assembleia da República”, afirmou, numa referência a José Pedro Aguiar-Branco.

Para a líder do BE, a existência deste acordo com o Chega “é necessariamente um mau sinal, sobretudo sobre o que diz para futuro”.

“O PSD fez uma campanha com um compromisso firme que é um ‘não é não’, não há acordo com o Chega. No primeiro momento em que é preciso haver um acordo para eleger o presidente da Assembleia da República esse acordo é feito e isso é um sinal”, lamentou.

Mortágua tem expectativa “de uma legislatura difícil” e reafirmou o compromisso do BE de “elevar o nível do debate político, fazer oposição justa e firme ao Governo da direita e apresentar alternativas”.