As sondagens indicam que o partido Likud, de Netanyahu, obtém 36 a 37 lugares no parlamento, de 120 deputados, contra 32 a 33 da formação Kahol Lavan (Azul e Branco), do seu rival Benny Gantz.
Os palestinianos já lamentaram a vitória dos defensores da “anexação”.
Os israelitas foram chamados hoje às urnas pela terceira vez em menos de um ano, devido ao impasse que resultou dos escrutínios anteriores.
Depois de conhecidas as projeções, o primeiro-ministro escreveu na rede social Twitter “obrigado”, acrescentando, depois, que se trata “de uma grande vitória para Israel”.
Com os partidos mais pequenos que o apoiam, Netanyahu pode conseguir 60 assentos no Knesset (parlamento), quase a alcançar a maioria absoluta (61).
Duas horas antes de as urnas terem encerrado, a afluência era de 65,6%.
Desde as últimas eleições, Netanyahu tornou-se no único primeiro-ministro israelita em funções acusado e o seu julgamento por suborno, fraude e abuso de confiança em três casos de corrupção começa em 17 de março.
O chefe do Governo de Israel também esteve em Washington ao lado do Presidente Donald Trump para a apresentação do plano de paz norte-americano para o conflito israelo-palestiniano, que considerou “histórico”.
Reconhecendo Jerusalém como a “capital indivisível de Israel” e prevendo a anexação pelo Estado hebreu dos colonatos que criou na Cisjordânia ocupada desde 1967 e do vale do Jordão, o “plano Trump” foi rejeitado pelos palestinianos por dar sobretudo resposta a reivindicações israelitas.
Após a apresentação do plano em 28 de janeiro, Netanyahu prometeu seguir com a anexação do território, mas terá sido convencido pela Casa Branca a aguardar pelas legislativas, reviravolta mal recebida pelos colonos israelitas.
Os anúncios da última semana da construção de milhares de habitações para colonos em Jerusalém Oriental (reivindicada pelos palestinianos para capital de um eventual Estado) e na Cisjordânia também não fizeram mover as intenções de voto.
Benny Gantz, por seu turno, esteve no centro das atenções no final da campanha com o lançamento de uma investigação criminal sobre a concessão de fundos públicos no valor de um milhão de euros, sem concurso, à empresa de cibersegurança Fifth Dimension, que dirigiu.
O procurador-geral afastou rapidamente as suspeitas de Gantz, mas Netanyahu não perdeu a oportunidade de o questionar num vídeo sobre se a “obtenção fraudulenta” de um contrato “não é corrupção de alto nível”, depois de o adversário ter insistido durante a campanha na situação do primeiro-ministro face à justiça.
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