“Esta manhã, encontrei-me com os meus colegas do G7 para discutir o ataque injustificado do presidente Putin à Ucrânia e concordámos em avançar com pacotes devastadores de sanções e outras medidas económicas para responsabilizar a Rússia. Estamos com o bravo povo da Ucrânia”, escreveu Biden no Twitter.
Já antes, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse que "os líderes do G7 revelaram estar unidos em condenar o ultrajante ataque à Ucrânia independente”, após uma reunião por videoconferência do grupo dos países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) mais a União Europeia (UE).
“Juntos iremos adotar sanções massivas para garantir que Putin pague um preço pesado por esta agressão”, prometeu a presidente do executivo comunitário.
Os chefes de Estado e de Governo da UE, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, discutirão hoje à noite, numa cimeira de urgência em Bruxelas, novas sanções à Rússia.
Esta manhã, Ursula von der Leyen anunciou novas “sanções pesadas” contra a Rússia após a escalada da ofensiva militar russa na Ucrânia, avisando que o Presidente russo para “não subestimar” a UE.
Numa declaração à imprensa, a responsável explicou que as novas medidas restritivas, que surgem menos de um dia após o aval formal a uma lista de 27 entidades e indivíduos, entre os quais o ministro da Defesa russo, visam “setores estratégicos da economia russa, bloqueando o acesso a tecnologias e mercados que são fundamentais para a Rússia”.
“Enfraqueceremos a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização e, além disso, iremos congelar os ativos russos na UE e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus”, visando, à semelhança do primeiro pacote de sanções, “afetar os interesses do Kremlin e a sua capacidade de financiar a guerra”, explicou.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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