O partido Conservador venceu as eleições legislativas no Reino Unido com uma maioria absoluta de 368, segundo uma sondagem comum divulgada hoje pelas três estações televisivas britânicas BBC, ITV e Sky.

A sondagem à boca das urnas indicou que o partido Conservador terá 368 deputados, o partido Trabalhista 191, o Partido Nacionalista Escocês 55, os Liberais Democratas 13 e o Plaid Cymru (nacionalistas galeses) três e os Verdes um assento.

Para obter uma maioria absoluta, um partido precisa de vencer em 326 das 650 circunscrições eleitorais, mas, na prática, são precisos menos deputados porque o presidente da Câmara dos Comuns não vota e os deputados do Sinn Fein têm uma longa tradição de não assumirem funções.

Os primeiros resultados serão anunciados pelas 23:00, mas será a partir das 02:00 de sexta-feira que começarão a sair em maior número.

Cerca de 46 milhões de britânicos votaram hoje nas eleições legislativas antecipadas no Reino Unido, as terceiras em menos de cinco anos, convocadas pelo governo para tentar desbloquear o impasse criado no parlamento pelo processo de saída do país da União Europeia (UE).

A votos estiveram os 650 assentos na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do parlamento britânico, aos quais concorreram 3.322 candidatos, dos quais 1.124 mulheres, tendo os partidos Conservador (635), Trabalhista (631), Liberal Democrata (611), Verde (498) e Partido do Brexit (275) concorrido no maior número de circunscrições a nível nacional.

Os apelos de última hora

"Let’s not go back to the broken parliament we had before this election was called. Let’s move forward with a majority Conservative government that can get things done." Ou em tradução livre, não vamos voltar ao parlamento sem capacidade de decisão que tínhamos; vamos avançar com um governo de maioria conservadora que faça o que tem de ser feito.

Este foi o derradeiro apelo de Boris Johnson a pouco mais de duas horas das urnas fecharem, com eleitores ainda a votarem  - sim, que o sistema eleitoral inglês, ao contrário do português, dá estas "liberdades" a políticos e cidadãos.

Mas não foi o único apelo. Também a primeiro ministro escocesa, Nicola Sturgeon e líder do SNP, lançou um apelo, mas de sentido inverso para que os eleitores votassem de forma a descartar o Brexit e "colocar o futuro da Escócia nas mãos da Escócia". Faltava pouco mais de uma hora para as urnas fecharem.

E Jeremy Corbyn, o líder trabalhista, e Jo Swinson, líder dos liberais, e o Partido do Brexit, e o Sinn Fein da Irlanda. Todos apelaram ao voto no sentido que defendem nas últimas duas horas de votação. O que diz muito da intensidade destas eleições e do que está em jogo.

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