“Sem o apoio económico que a China está a dar à Rússia, seria muito difícil para a Rússia continuar o esforço bélico” disse Josep Borrell aos jornalistas.
O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança encontrou-se, na sexta-feira, com o responsável pela diplomacia chinesa, Wang Yi, à margem da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que termina hoje em Vientiane, Laos.
Borrel referiu que, durante a reunião, expressou a Wang desagrado por empresas chinesas estarem a escapar às sanções impostas por Bruxelas a Moscovo, o que o bloco europeu considera como um apoio ao conflito.
“Pedimos à China que utilize a sua influência na Rússia para procurar uma solução pacífica para o conflito e para levar a Rússia à mesa das negociações”, afirmou o responsável.
Borrell sublinhou ainda a importância da recente visita do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitry Kuleba, à China, e salientou o “papel importante” do gigante asiático no processo de paz.
Após a reunião organizada na Suíça para discutir a paz na Ucrânia, em que não estiveram presentes representantes da China e Rússia, o diplomata europeu adiantou que “o próximo passo neste processo deveria ser a realização de uma reunião na qual a Rússia pudesse participar”.
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