"Ouvimos agora da União Europeia que a extensão do artigo 50.º a 31 de janeiro foi confirmada. Portanto, nos próximos três meses, a nossa condição de tirar o 'no deal' da mesa foi cumprida. Vamos agora lançar a campanha mais ambiciosa e de mudanças radicais que nosso país já viu", afirmou Corbyn.

"Eu referi sempre que estamos prontos para uma eleição antecipada e que o nosso objetivo é retirar o ‘no deal' de cima da mesa”, frisou.

Segundo a Reuters, o anúncio foi feito à equipa principal de assessores políticos do partido.

Ontem, Corby admitiu serem "necessárias umas eleições antecipadas", mas questionou a necessidade de serem realizadas em dezembro, invocando questões como os dias serem mais curtos e as férias de natal das universidades, lembrando que já se realizam eleições naquele mês desde 1923.

A proposta de realizar eleições antecipadas a 12 de dezembro recebeu 299 votos a favor e apenas 70 contra, mas mesmo assim não atingiu o patamar exigido de dois terços dos votos da Câmara dos Comuns, equivalente a 434 deputados. Para passar, a proposta precisava do apoio do partido Trabalhista, que optou por se abster.

Até ao momento, Corbyn não referiu ainda se concorda com a data inicialmente avançada, que começou por recusar, ou se vai propor uma alternativa.

Depois da proposta rejeitada, Boris Johnson anunciou que o governo voltaria a apresentar uma proposta, ainda durante o dia de hoje, terça-feira.

A União Europeia (UE) aceitou na segunda-feira um novo adiamento do ‘Brexit’, até 31 de janeiro, oferecendo ao Reino Unido a possibilidade de abandonar mais cedo o bloco caso o parlamento ratifique o Acordo de Saída.

A extensão flexível do período do Artigo 50.º do Tratado da UE permitirá ao Reino Unido sair mais cedo do bloco caso o parlamento britânico aprove finalmente o acordo firmado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, e por Bruxelas e já ratificado pelos chefes de Estado e de Governo dos 27.