A notícia está a ser avançada pela BBC. Uma fonte do governo afirmou à emissora que o texto foi fechado a nível técnico por elementos de ambos os lados e que agora terá de ser aprovado a nível político.
O "rascunho do acordo" de saída do Reino Unido da União Europeia, alcançado hoje em Bruxelas, vai ser avaliado na quarta-feira num conselho de ministros, "para decidir os próximos passos", anunciou um porta-voz da primeira-ministra, Theresa May.
"O conselho de ministros vai reunir-se às 14:00 horas de amanhã [quarta-feira] para apreciar o rascunho do acordo que as equipas negociadoras alcançaram em Bruxelas e para decidir os próximos passos", adiantou.
A mesma fonte vincou ainda que os ministros "foram convidados a ler a documentação antes da reunião".
O jornal The Sun, de acordo com a BBC, reportou que foi pedido durante esta terça-feira a todos os ministros que compõem o governo para se reunirem separadamente com Theresa May.
Porém, até ao momento, ainda não são conhecidos os detalhes do rascunho do acordo provisório, nem os trâmites sobre a fronteira entre as Irlandas.
Recorde-se que a primeira-ministra tem enfrentado fortes críticas dentro do seu Governo devido à proposta de manter o Reino Unido na união aduaneira até que seja possível desbloquear a questão da fronteira irlandesa.
Trata-se de uma questão sensível na mesa de negociações pois a Irlanda é membro da UE, ao passo que a Irlanda do Norte é parte integrante do Reino Unido. De acordo com o Jornal de Negócios, os unionistas da Irlanda do Norte (DUP) rejeitam essa hipótese — 10 deputados com peso no governo de May.
Poucas horas antes de ser noticiado que havia acordo sobre o Brexit, a Comissão Europeia tinha divulgado detalhes de um "plano de contingência" na eventualidade de não serem alcançados os princípios da relação futura dos dois blocos económicos.
Também nesta terça-feira o número dois do Governo britânico havia dito que o Reino Unido e a União Europeia (UE) estavam "a uma curta distância" de chegar a um acordo para o 'Brexit', que está agendado para 29 de março de 2019.
O Governo britânico também tinha sublinhado a semana passada que não pretendia convocar um novo referendo após Jo Johnson, ex-ministro dos Transportes britânico, ter pedido a demissão.
Em 23 de junho de 2016, os britânicos votaram a favor da saída da UE, após mais de 40 anos de participação no bloco europeu.
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