O anúncio foi feito pelo vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, na reunião do Conselho Metropolitano do Porto, na Póvoa de Varzim, onde explicou que esta medida estava já a ser estudada há algum tempo.

"A Câmara vai implementar um sistema que permitirá aos seus residentes/estudantes até aos 15 anos não pagar qualquer valor quando se deslocarem em transporte público na cidade. Esta medida que será implementada no Porto junta-se à gratuitidade que deverá ser aplicada até aos 12 [anos] em toda a rede de transportes publico da Área Metropolitana", lê-se num comunicado entregue durante a reunião daquele órgão.

De acordo com o município, tendo como expectável o impacto positivo da gratuitidade até aos 12 anos, a autarquia entendeu "ir mais longe, assumindo o alargamento da gratuitidade das deslocações dentro da cidade para todos os seus residentes entre os 13 e os 15 anos a frequentar estabelecimentos de ensino no concelho".

No comunicado enviado às redações, a autarquia esclarece que a medida entra em vigor em setembro, “no início do próximo ano letivo”.

“A medida pode atingir cerca de oito mil jovens estudantes e terá um custo estimado de cerca de um milhão de euros”, acrescenta.

Segundo o município, “esta medida evidencia o grau de compromisso com a sustentabilidade, pilar transversal da estratégia deste executivo para o presente mandato”.

A Câmara destaca tratar-se “de um investimento que potencia a competitividade do território, que está alinhado com políticas de descarbonização e, sendo uma aposta nas novas gerações, terá certamente efeitos multiplicadores no futuro”.

Segundo a autarquia, esta iniciativa “tomada individualmente pela Câmara do Porto” é “complementar à acordada no âmbito da Área Metropolitana com o Governo”.

“A implementação do PRAT - Plano de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos vai possibilitar ainda a implementação do passe único para os restantes munícipes, com o valor de 30 euros dentro da cidade do Porto e de 40 euros para as viagens intermunicipais”, assinala.

Para a câmara portuense, “o alcance destas medidas é relevante em diversas áreas de intervenção do município, verificando-se mais-valias evidentes em torno da componente de mobilidade”.

A isto soma-se a “promoção de estilos de vida mais sustentáveis, ambientalmente responsáveis e promotores da utilização do transporte público em detrimento da utilização do transporte individual”.

“O município do Porto, que concordou com a aplicação do sistema no âmbito da Área Metropolitana do Porto, vê como estratégica a implementação de uma política de mobilidade séria e comprometida com as gerações mais novas, promotora da utilização do transporte público e indutora de comportamentos atuais e futuros”, afirma.

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