"A Câmara Municipal do Porto reitera que mantém a posição assumida no Conselho Metropolitano do Porto de 27 de setembro de 2024 e não vai indicar nomes para a Assembleia Geral da Empresa de Transportes Metropolitanos do Porto".

"Recorde-se que o vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo, participou da reunião e, no momento da votação da eleição dos nomes para a administração da nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto, retirou-se da votação, explicando que o Município nunca esteve envolvido no processo da escolha dos órgãos nem da remuneração dos mesmos", explica o comunicado.

Hoje, o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues, disse aos jornalistas que o Porto tinha aceitado nomear um representante para a mesa da assembleia-geral da nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto, depois de num primeiro momento ter-se recusado a fazê-lo por falta de entendimento.

"Após as grandes questões que a Câmara do Porto levantou, e que decorreram muito de uma disputa de argumentos, que às vezes nem eram muito contraditórios, acabámos por dialogar, perceber o que estava em causa, e a Câmara do Porto predispôs-se a nomear uma pessoa para a assembleia", disse hoje o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues aos jornalistas.

Assim, a Câmara do Porto mantém a posição assumida no dia 27 de setembro, quando o vice-presidente Filipe Araújo se retirou no momento da votação da eleição dos nomes para a administração da nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto, por alegar falta de envolvimento no processo.Em causa estava a nomeação do presidente da mesa da assembleia-geral da nova empresa, que estava prevista ser indicado pelo município do Porto.

"Não participei nas votações [...] e, para que fique em ata, o município do Porto não irá apresentar um nome para a assembleia-geral, nós nunca estivemos envolvidos neste processo da escolha dos órgãos nem da remuneração dos mesmos, e daí a ausência do município das votações", disse o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, no final da reunião de 27 de setembro.

Em causa estavam os pontos em votação para a nomeação da estrutura da futura empresa Transportes Metropolitanos do Porto, que irá gerir os contratos da rede Unir, a bilhética do Andante e terá as atuais competências da AMP em termos de mobilidade.

O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, será o presidente, e a empresa terá como vogais Luís Osório e Carla Vale.

Está previsto, segundo documentos a que a Lusa teve acesso, que o presidente da mesa da assembleia-geral seja indicado pelo município do Porto, que o vice-presidente seja indicado pela Área Metropolitana do Porto e que o secretário da mesa da assembleia-geral seja indicado pela Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), alternando a meio do mandato com uma indicação pela Metro do Porto.

Com Lusa.