John Bolton escreveu um livro de memórias em que relata, entre outros, um episódio em que o Presidente Donald Trump pede ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que investigue a atividade de um filho do ex-vice-Presidente Joe Biden junto de uma empresa da Ucrânia, como condição para ajuda militar.

O relato desse episódio confirma a versão que está na base dos dois artigos para destituição que estão em julgamento político no Senado, acusando o Presidente dos Estados Unidos de abuso de poder e de obstrução ao Congresso.

Este conteúdo do manuscrito serviu para a oposição democrata pedir a audição de John Bolton no Senado, no âmbito do julgamento político, contra a vontade da maioria republicana, que quer impedir novas testemunhas no processo de ‘impeachment’ e, na segunda-feira, considerou “inadmissível” a informação prestada por Bolton.

Hoje, a Casa Branca enviou uma carta aos advogados do antigo conselheiro de segurança nacional, informando que o manuscrito analisado “parece conter informações confidenciais”, algumas das quais “estão classificadas como extremamente secretas (‘top secret’)”.

A Casa Branca diz mesmo que essas informações podem “causar danos excecionalmente graves à segurança nacional”.

Assim, segundo a carta, o Conselho de Segurança Nacional (que foi liderado por Bolton), determina que “o manuscrito não pode ser publicado (…) sem a remoção dessas informações confidenciais”.

A carta não clarifica se o episódio relacionado com o caso ucraniano, que está a ser julgado no Senado, se inclui nas informações classificadas.

Os promotores democratas do julgamento político de Trump já disseram que querem ouvir John Bolton no Senado e hoje a Imprensa norte-americana revela que o líder da bancada republicana, Mitch McConnell, pode não conseguir manter a maioria para rejeitar este pedido.

O senador republicano Mitt Romney disse terça-feira que gostaria de ouvir o depoimento de John Bolton, dando a entender que votará favoravelmente uma resolução que parta dos democratas nesse sentido, ficando apenas a faltar o voto de três outros republicanos para que tal aconteça.

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