“O ciclo socialista terminou, o Governo está esgotado, o país está novamente num pântano, o que põe em causa o normal funcionamento de instituições básicas do regime”, afirmou o eurodeputado numa nota divulgada à comunicação social.
Na mesma nota, o CDS-PP “apela ao senhor Presidente da República para dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas, devolvendo a palavra aos portugueses para resolverem esta crise política”.
Esta posição surge na sequência de mais duas demissões no Governo, desta vez do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, comunicadas na noite passada.
A saída dos dois governantes aconteceu 24 horas depois de o ministro das Finanças, Fernando Medina, ter demitido a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros paga pela TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.
“Se é certo que o ministro Pedro Nuno Santos e os secretários de Estado Hugo Mendes e Alexandra Reis se demitiram, o assunto está longe de ter terminado”, defendeu o líder do CDS-PP.
Nuno Melo considerou que “este governo PS é o governo com a maioria absoluta mais absolutamente instável da democracia em Portugal”, sustentando que “10 alterações no elenco governativo em nove meses de vida mostram um governo esgotado, com problemas apenas normais em governos velhos de anos”.
“Desde que tomou posse, em março, o primeiro-ministro vem substituindo ministros e secretários de Estado em média superior a um por mês, enquanto o Governo soma casos graves, por vezes com relevância criminal e de promiscuidade institucional, à razão quinzenal. Por muito menos, caíram outros governos em Portugal”, salientou.
O eurodeputado centrista defendeu igualmente que “um governo que é notícia pelos casos e quedas de ministros e secretários de Estado, enquanto as famílias e as empresas suportam os impostos mais altos de sempre, e Portugal vai sendo arrastado para o fundo da lista dos que menos crescem na União Europeia, deixou de servir o interesse geral”.
“Portugal precisa de outra solução, que traga confiança aos portugueses e inverta o atual momento de descrença e instabilidade”, considerou Nuno Melo.
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