No almoço de hoje da campanha autárquica do BE, em Lisboa, Luís Fazenda quis deixar uma "mensagem de solidariedade para com a Catalunha".

"Neste abraço de solidariedade por essa luta devemos lamentar profundamente que o Governo português não tenha opinião, a União Europeia não tem opinião", criticou.

O fundador do BE condenou assim o "silêncio pesadíssimo" que "percorre o Palácio das Necessidades até à Comissão Europeia".

"Quando foi o referendo da Escócia havia opiniões até bastante negativas por parte da Comissão Europeia em relação àquele ato de autodeterminação. Em relação ao que se está a passar na Catalunha. Nem um ai nem um ui", comparou.

Para Fazenda, "é o cerco pelo silêncio, é conspiração urdida para isolar e para tentar apagar o grito daqueles que estão em luta, o grito daqueles que querem exprimir a sua democracia", num "regime especialmente corrupto como é o da monarquia dos Bourbon em Espanha com sede em Madrid".

"Também não deixaria de dar uma nota da situação absolutamente insólita de muitos dos nossos cronistas e comentadores, dos jornais que lemos todos os dias, que dizem que esta coisa de exercer a autodeterminação é anacrónica, está fora de tempo, não faz sentido", condenou ainda.

Para o fundador bloquista, "o que é mais estranho, descabelado e repugnante é que eles escrevam nas suas crónicas que se fosse o caso de Portugal hoje também não defenderiam a existência de Portugal".