“Naturalmente o que não seria admissível era ter ministros em campanha eleitoral”, disse Catarina Martins.
A coordenadora nacional do BE falava aos jornalistas à margem da reunião da Mesa Nacional do partido, que decorreu em Lisboa.
Insistindo que “não seria normal” que houvesse “candidatos como ministros em campanha”, a líder bloquista considerou que a remodelação “parte das próprias opções do PS”.
Por isso, o BE vê como “naturais” as mudanças no Governo, mas salienta que ainda não aconteceram.
“Aguardamos naturalmente as alterações quando elas forem anunciadas”, vincou a coordenadora nacional do partido, apontando que “em relação depois ao que vai acontecer” o “que conta são as políticas”.
Questionada sobre se esta remodelação pode criar instabilidade em alguns ministérios, a coordenadora do BE considerou que “não há razão para que provoque”.
“Veremos. O que conta depois é em concreto as políticas”, acrescentou.
Sobre se o primeiro-ministro já deveria ter dado uma explicação sobre a remodelação, que vem sido noticiada pela comunicação social, Catarina Martins respondeu não ter conhecimento “das decisões do próprio Governo e do Partido Socialista, anunciarão quando forem anunciadas”.
O primeiro-ministro, António Costa, confirmou hoje que irá haver uma remodelação no Governo, tendo já entregue as alterações ao Presidente da República, que “no momento oportuno” as anunciará.
Costa vincou que a apresentação dos novos membros do executivo será feita na “data e hora” que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vier a fixar.
Nos últimos dias, vários órgãos de comunicação social têm noticiado que o primeiro-ministro irá brevemente fazer alterações no Governo devido à constituição da lista de candidatos do PS ao Parlamento Europeu.
Entre os nomes que poderão sair do Governo têm sido referidos o do ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, e da ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques. O atual secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, poderá assumir o cargo de ministro, com responsabilidades na área da habitação.
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