A missa de corpo presente de Carlos Bernardes ocorreu na Igreja de Nossa Senhora da Graça, em Torres Vedras, esta manhã. A cerimónia foi seguida de um cortejo até ao edifício da Câmara Municipal.
Centenas de pessoas, incluindo o Presidente da República, acompanharam hoje o funeral do presidente da Câmara de Torres Vedras, que morreu na segunda-feira.
"Era um homem com ‘h’ maiúsculo, era um homem bom, que fez toda a sua vida a servir a comunidade", afirmou aos jornalistas o Presidente da República, que assistiu à missa, acompanhou o cortejo fúnebre apeado e ainda se deslocou à Igreja do Turcifal, onde decorreu uma cerimónia mais restrita para a família e amigos.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou que, desde o início da pandemia, passou “noites e por vezes madrugadas a falar ao telefone" com o autarca.
"Era tal a sua dedicação à comunidade que isso, de alguma maneira, era a razão de ser da sua vida, e em momentos mais aflitivos e difíceis isso levou a ir até ao extremo físico e psíquico, indo até ao limite do limite das suas forças, e não tem preço em termos de gratidão", considerou o Presidente da República.
O cortejo fúnebre foi acompanhado por centenas de pessoas que, na rua entre a Igreja da Graça e a sede do município, assistiram também à missa através da transmissão em áudio e vídeo.
Em frente à câmara, foi cumprido um minuto de silêncio em homenagem ao autarca socialista, seguido de salvas de palmas.
Ao funeral assistiram também o secretário-geral adjunto do Partido Socialista, José Luís Carneiro, alguns secretários de Estado do Governo, e autarcas locais e de outros concelhos.
Antes do início das cerimónias fúnebres, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, marcou também presença.
Carlos Bernardes, de 53 anos, foi encontrado morto numa cama na sua residência, no Turcifal, com ferimentos de arma branca no pescoço. Foi encontrada também uma faca junto ao corpo.
Em março, a comissão política de Torres Vedras do PS aprovou a recandidatura de Carlos Bernardes à presidência do município, no distrito de Lisboa, nas autárquicas deste ano.
"Dentro da minha disponibilidade, continuo a servir o partido e a minha terra", afirmou então o autarca, prometendo um "trabalho de continuidade" e apontando as prioridades do próximo mandato.
Carlos Bernardes ganhou pela primeira vez a corrida à presidência da câmara em 2017 e foi vice-presidente entre 2005 e 2015.
Em 2015, assumiu o cargo de presidente quando o então líder do executivo, Carlos Miguel, renunciou ao mandato para assumir funções no Governo.
(Notícia atualizada às 14h30)
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