Segundo o chefe da diplomacia peruana, Nestor Popolizio, o encontro visa falar sobre “a melhor maneira de recuperar a democracia na Venezuela” e examinar o impacto gerado pela migração massiva de venezuelanos para os países vizinhos.

Popolizio declarou que os convites para essa reunião -, a qual o Peru aceitou sediar durante uma reunião do Grupo de Lima (países americanos que formaram um grupo para debater e acompanhar a atual crise económica, política e social na Venezuela), realizada em abril no Chile – foram feitos ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros, incluindo o Vaticano.

Em declarações à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português Augusto Santos Silva confirmou a presença de Portugal e admitiu contactos com outros países sobre o assunto.

A conferência de Lima vai reunir chefes da diplomacia e representantes de uma centena de países, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros peruano num comunicado.

Vários países da América Latina reunidos no denominado Grupo de Lima defendem, como os Estados Unidos, pressões diplomáticas e económicas para forçar o Presidente Nicolás Maduro a convocar eleições e permitir uma saída negociada da crise.

A 30 de abril, um grupo de militares declarou desobediência ao regime de Nicolás Maduro e decidiu apoiar o presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, autoproclamado Presidente interino do país e já reconhecido por meia centena de países, incluindo Portugal.

Os militares apelaram, sem sucesso, à população para saírem em apoio à oposição.