O delegado Nélson Silva defendeu que o partido deve ser contra o desmantelamento do SEF, que a acontecer leva a que “Portugal seja o único país em que o serviço de fronteiras passará a ser um serviço de asilo”.
Na apresentação da sua moção “Em defesa do SEF”, o delegado considerou que “Portugal é uma autêntica fábrica de legalização de migrantes da Europa” e que já há mais “estrangeiros a receber nacionalidade portuguesa do que portugueses a nascer nas maternidades”.
“Muitos recebem nacionalidade portuguesa ao fim de um ano sem falarem uma palavra em português”, referiu o delegado, que defendeu um inquérito parlamentar à conduta do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, por causa da situação dos migrantes de Odemira e do desmantelamento do SEF.
A sua proposta incluiu ainda a defesa de um referendo às atuais políticas migratórias do país.
Na sua moção, o delegado Carlos Vila defendeu que deveria ser criado um novo feriado nacional, a 25 de novembro, para lembrar as vítimas de violência doméstica e mutilação genital.
O congressista propôs ainda a revisão das molduras penais para os crimes de mutilação genital feminina, que devem ter uma pena mínima de 10 anos de prisão para quem pratica e procede aos atos preparatórios, e a passagem do ato de violação a crime público.
Na primeira e única moção sobre saúde apresentada durante a tarde, António Ferreira começou a elogiar o Bloco de Esquerda por ter ajudado a terminar com a proibição de exercer acupuntura em Portugal.
O delegado do Chega defendeu uma estratégia para alterar a designação de terapias convencionais para medicinas complementares e uma estratégia para introduzir as medicinas complementares até 2023, que permitiria poupar “entre um terço a um quinto dos custos”.
“Isto é muito importante quando se quer resgatar um sistema nacional de saúde, porque ao contrário do que dizem o Chega quer revitalizar esse sistema, acabando com as filas de cirurgias e terapias não direcionadas”.
Às 17:55, os delegados estavam a ouvir a moção n.º 28 – no total são cerca de 80 – e foram muitos os temas levados à tribuna do III congresso do Chega, dos problemas dos professores à defesa da tauromaquia.
Amélia da Silva Soares alertou para os problemas na educação e avisou que, no futuro, podem “muito bem” vir a ser brasileiros e indianos a “lecionar em português” os filhos e os netos dos delegados.
E Pedro Frazão, que acusou a esquerda de, na história ter cometido os “maiores genocídios no mundo” e as “maiores alarvidades ambientes”, como aconteceu no tempo da URSS, que secou o Mar Aral, fez também a defesa da tauromaquia.
É, sintetizou, uma guerra “cidade-mundo rural”, e o Chega não se calará perante “os pides do gosto”, dizendo que “não podem impedir os portugueses de amarem os toiros”
“Como diz o povo, cá estaremos para pegar o touro pelos cornos”, prometeu.
Hoje é dia de debate e votação das moções setoriais, são algumas dezenas, mas a organização não as distribuiu aos jornalistas, e da moção global de Ventura, ficando a eleição dos órgãos nacionais para a manhã de domingo.
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