José Duarte Alves, conselheiro de São Paulo e Santos, no Brasil e presidente da comissão temática de Questões Consulares e Participação Cívica e Política, disse que esta vontade ja foi transmitida à própria CNE, numa reunião realizada hoje com os deputados da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e ao Governo, mas o assunto terá de passar pelo parlamento.

"Como já existem cerca de 1,4 milhões de portugueses a residir no estrangeiro que já se podem recensear, de acordo com a nova lei eleitoral em vigor, seria importante que um de nós participasse na CNE para estar a acompanhar mais por dentro o processo eleitoral e dar as informações necessárias para quem está junto das comunidades", afirmou.

As três comissões temáticas (Questões Sociais, Económicas e Fluxos Migratórios; Ensino do Português no Estrangeiro, Cultura, Associativismo e Comunicação Social, e Questões Consulares e Participação Cívica e Política) do Conselho das Comunidades Portuguesas reuniram-se entre quarta e quinta-feira no parlamento, em Lisboa.

O parlamento aprovou em julho o recenseamento automático para os residentes no estrangeiro e a possibilidade de optarem pelo voto presencial ou por correspondência nas eleições para a Assembleia da República, assim como a gratuitidade da correspondência.

Com esta medida, dos atuais 280 mil recenseados deverá passar-se para um milhão e 375 mil, de acordo com o "mapeamento" dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro realizado pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, embaixadas, serviços consulares e a direção-geral da Administração Interna.