Esta posição, segundo fontes socialistas, foi transmitida no discurso inicial que António Costa proferiu à porta fechada perante a Comissão Nacional do PS, durante o qual não se referiu ao processo judicial que o envolve e que causou a sua demissão das funções de primeiro-ministro na semana passada.
“A melhor solidariedade em relação a mim é uma vitória do PS no dia 10 de março”, declarou, citado por dirigentes socialistas presentes na reunião.
Na sua intervenção inicial, o ainda líder dos socialistas elogiou por igual dois dos três candidatos à sua sucessão no cargo de secretário-geral do PS, cujas eleições diretas internas estão marcadas para os dias 15 e 16 de dezembro.
António Costa assinalou que, tanto Pedro Nuno Santos, como José Luís Carneiro, trabalharam consigo. Nesta referência, deixou de fora Daniel Adrião, que se candidatou contra si nas eleições diretas internas de 2016, 2018 e 2012.
Segundo apurou a RTP3, o ainda primeiro-ministro pediu ao PS para não se envolver no processo que está a decorrer no STJ, avança a estação de televisão, citando fontes socialistas que deixaram claro que o PM não vai apoiar nenhum dos candidatos à liderança do Partido.
De acordo com a agência Lusa, na semana passada, durante uma reunião na Comissão Política Nacional do PS, António Costa já tinha pedido aos militantes socialistas para que não caíssem na “armadilha” de entrar em confronto com o Ministério Público por causa do processo judicial que levou ao fim do seu governo suportado no parlamento por uma maioria absoluta, estando eleições legislativas marcadas para 10 de março.
O primeiro-ministro disse então que ele próprio vai tratar “bem” do processo judicial em que o seu nome foi envolvido e que o levou a pedir a demissão do cargo, no passado dia 7, ao presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
(notícia atualizada às 14:51, com Lusa)
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