Um recado que foi deixado por António Costa no debate quinzenal, na Assembleia da República, na parte final da sua resposta ao líder parlamentar do PS, Carlos César - palavras que levaram os deputados socialistas a aplaudirem- no de pé.
"O resultado deste ano [de Governo] não nos deve convidar a acomodação. Deve-nos motivar a ir mais além para provar que, ao contrário daquilo que a direita nos disse ao longo de quatro anos, há mesmo uma alternativa à política de austeridade e, mais, que essa mesma alternativa produz bons resultados: Temos menos défice, menos desemprego, mais crescimento, mais rendimento para as famílias, mais investimento para as empresas e mais confiança para a economia", declarou.
Nesta sua intervenção, o primeiro-ministro colocou como meta um aumento do investimento público na ordem dos 22% no próximo ano e, em particular, estimou em 1,8 mil milhões de euros as verbas que estarão envolvidas na área da reabilitação urbana.
António Costa disse também que, durante o primeiro trimestre do próximo ano, entrará no parlamento uma proposta do Governo sobre justiça económica, diploma que considerou "fundamental" para acelerar os processos e reconversão ou de encerramento de empresas que se encontrem em situação de insolvência.
Com essa proposta de lei, o primeiro-ministro adiantou que se pretende "recuperar ativos, proteger o emprego" e, em última análise, "permitir a reestruturação dessas empresas".
Em matéria de erradicação de pobreza, António Costa afirmou que o seu Governo irá prosseguir com uma política de recuperação de rendimentos e de aumento de apoios sociais, a par de medidas de simplificação para a modernização do Estado e de combate à precariedade laboral.
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