Desse total, 2.494 mortes e 76.692 novas infeções foram contabilizadas nas últimas 24 horas, de acordo com o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde.
A taxa de incidência da covid-19 no Brasil, um dos três países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, juntamente com os Estado Unidos e Índia, aumentou hoje para 204 mortes e 7.309 casos por 100 mil habitantes e a taxa letalidade continua fixada em 2,8%.
São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, continua a ser o foco da doença no Brasil, concentrando 3.038.240 casos positivos e 102.356 vítimas mortais. No total, três das 27 unidades federativas do país já têm mais de um milhão de diagnósticos de covid-19, cada (São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), e 14 têm mais de 10 mil mortos. O Brasil registou ainda a recuperação de 13,9 milhões de casos da doença, enquanto que 1.007.146 pacientes infetados permanecem sob acompanhamento médico.
O governador de São Paulo, João Doria, voltou hoje a afirmar que "entraves diplomáticos" estão a atrasar a chegada ao país de consumíveis necessários para a continuidade da produção da vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, mas produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.
Segundo Doria, os consumíveis acabam já na próxima sexta-feira, o que poderá paralisar a produção do antídoto, o mais usado no Brasil no plano nacional de imunização contra a covid-19.
Nesse sentido, o governador de São Paulo indicou, na rede social Twitter, que pediu ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, que autorize o envio para o Brasil dos ingredientes para a Coronavac. "Acabo de conversar por telefone com o embaixador da China no Brasil. (...) Me solidarizei e lamentei as declarações desastrosas feitas por membros do Governo Federal sobre a China. É o país que mais está ajudando a salvar a vida dos brasileiros, já que tanto a Coronavac, como a AstraZeneca dependem de insumos produzidos na China", escreveu Doria.
"O Governo Federal deve um pedido de desculpas ao governo chinês pelo desrespeito ao país que está ajudando o Brasil a vencer a pandemia e salvar vidas", acrescentou.
Em causa estão declarações feitas recentemente pelo Presidente do Brasil, Jair Bosloanro, que, sem citar explicitamente a China, insinuou que o novo coronavírus pode ter sido criado em laboratório para uma "guerra química".
O Presidente brasileiro questionou ainda "qual o país" cujo PIB (Produto Interno Bruto) "mais cresceu" durante a pandemia.
Outros membros do Governo e até mesmo um dos filhos do Presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, também já fizeram declarações insinuando que o novo coronavírus foi criado na China para atender aos seus interesses económicos.
Comentários