“Todos devem fazer o necessário para evitar os efeitos devastadores do ponto de vista social, económico e da saúde de um confinamento generalizado”, disse, em conferência de imprensa, a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides.
“Hoje, a minha primeira mensagem para os Estados-membros é de urgência. Falta-nos tempo”, sublinhou a comissária, que apresentou a estratégia de vacinação para a pandemia de covid-19.
Stella Kyriakides acrescentou ainda que a UE tem trabalhado com “uma coordenação sem precedentes”, mas “as medidas só funcionarão se forem aplicadas eficazmente”.
A comissária recordou que há três semanas advertiu os países que a Europa enfrentava “a última oportunidade” para mitigar uma segunda vaga, apelando aos 27 que partilhem informações detalhadas sobre os testes que realizam.
A Comissão Europeia apresentou hoje a estratégia de vacinação para a pandemia de covid-19, garantindo que, quando esta estiver disponível, todos os Estados-membros terão acesso, num critério com base na população.
O plano de distribuição da futura vacina da covid-19 prevê que todos os Estados-membros a recebam ao mesmo tempo e com base no tamanho da população.
Na estratégia, Bruxelas prevê que cada país tenha serviços de vacinação com capacidade para a distribuição, incluindo recursos humanos, equipamento médico, de proteção, de transporte e armazenamento e facilite o acesso das vacinas à população alvo.
A pandemia de covid-19 é um dos temas em agenda na reunião do Conselho Europeu, hoje e sexta-feira, na qual participa o primeiro-ministro, António Costa.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.117 pessoas dos 91.193 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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