Fonte oficial da empresa disse à Lusa que foi desenvolvido um plano de prevenção e minimização dos riscos associados ao Covid-19, que tem como base os planos de segurança já estabelecidos pela empresa para lidar com outras situações similares, de acordo com as boas práticas internacionais no setor de cruzeiros.
“Mais especificamente, estabelecemos um reforço dessas mesmas medidas com a criação de um protocolo preventivo, que inclui a montagem de uma tenda no cais de Vila Nova de Gaia [distrito do Porto] onde iremos realizar a triagem pré-embarque de todos os nossos clientes, através da aplicação de um questionário sobre estado de saúde e medição de temperatura”, esclarece.
A empresa acrescenta que esse procedimento será também aplicado a todos os tripulantes, bem como a todos os fornecedores que se desloquem a bordo.
Numa resposta escrita à Lusa, a DouroAzul refere que existirão também zonas específicas para a desinfeção de todas as bagagens antes de entrarem a bordo.
“Esta é uma medida de reforço preventivo que entendemos tomar e que foi recebida muito positivamente pelos nossos parceiros internacionais que passarão a adotar a mesma nos programas que têm em curso fora de Portugal”, salienta.
Acrescenta que no decurso dos cruzeiros haverá “um reforço de medidas profiláticas” ao nível da informação dada sobre boas práticas, ao nível da desinfeção de todos os espaços e através do controlo regular da temperatura e estado de saúde de tripulantes e hóspedes, nomeadamente sempre que regressem ao navio após um ‘tour’ ou alguma saída.
De acordo com a empresa, as medidas de prevenção foram alargadas aos ‘tours’ fora do navio, “com a desinfetação regular dos autocarros após saída dos clientes, e processo de desinfetação das mãos dos clientes no regresso ao autocarro”.
“Articulamos ainda com todos os nossos parceiros na região de forma a implementar medidas preventivas nos seus espaços e junto dos seus colaboradores, inclusive a aplicação do questionário de triagem que desenvolvemos às suas equipas”, sublinha a DouroAzul.
De acordo com as informações disponibilizadas, a empresa não teve, “até ao momento”, qualquer pedido de cancelamento.
“Temos tido, como é natural, várias questões sobre quais os procedimentos de prevenção e contenção que temos previstos, sendo que tanto os nossos parceiros, como os nossos clientes e as autoridades se têm mostrado satisfeitos com as medidas que adotámos, de tal modo que alguns vão seguir esses mesmos procedimentos para os seus programas fora do Douro”, acrescenta.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.900 mortos.
Cerca de 113 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do país vai ser alargada a toda a Itália a partir de hoje, anunciou o primeiro-ministro Giuseppe Conte.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.
Portugal regista 39 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 339 casos suspeitos desde o início da epidemia, 67 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
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