A mudança levada a cabo pelo Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), a principal autoridade de saúde dos EUA, ocorre num momento em que a variante Delta provoca um forte aumento dos casos, principalmente nas regiões que registam taxas mais baixas de vacinação, adianta o Axios.
A decisão ocorre depois do CDC ter defendido na semana passada a recomendação, anunciada em maio, de que as pessoas vacinadas não precisam de máscaras em espaços fechados na maioria das circunstâncias, exceto no transporte público e em hospitais.
No entanto, a variante Delta, que representa quase 90% das novas infecções nos Estados Unidos, fez as autoridades do CDC mudarem o seu parecer, sendo que houve uma reunião este domingo para discutir este assunto.
Embora as vacinas apresentem altas taxas de eficácia para evitar a hospitalização e a morte, os contágios com esta variante dispararam nos últimos dias.
Os especialistas sugeriram vincular o uso da máscara aos dados locais, como a taxa de vacinação e de hospitalizações por covid-19, consideradas um instrumento de medida mais confiável da propagação da doença do que a taxa de contágios.
Segundo um artigo publicado recentemente na revista Virological, a carga viral dos pacientes com a Delta era 1.000 vezes maior que a dos contagiados durante a primeira onda do vírus em 2020.
A Delta não só se multiplica com mais velocidade no interior do hóspede em comparação com as variantes anteriores, mas também faz com que as pessoas infetadas expulsem muito mais quantidade de carga viral no ar, o que aumenta enormemente a probabilidade de contágio.
No mês passado, Israel voltou a impor a obrigação do uso de máscara, apenas 10 dias depois de ter levantado essa restrição. Algumas autoridades locais dos EUA, como o condado de Los Angeles, já tomaram medidas semelhantes.
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