"A razão por que eu estou aqui hoje é para dizer ao país inteiro que está a conter-se para vencer o vírus que ao mesmo tempo há uma parte do país que está a produzir. E aqui está a produzir alimentos que são fundamentais para o resto do país continuar a viver", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado esteve acompanhado pelo proprietário da Herdade do Caldas, João Geada, e também pelo presidente e pelo secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), respetivamente, Eduardo de Oliveira e Sousa e Luís Mira, que lhe explicaram que ali trabalham atualmente cerca de 20 pessoas, metade das quais sozinhas em tratores, às quais é medida a febre duas vezes por dia, nesta altura de pandemia da covid-19.
Durante a visita, o Presidente da República ouviu preocupações sobre a dificuldade em escoar produtos agrícolas neste período em que há fronteiras, mercados e estabelecimentos de comércio fechados e deixou depois um alerta sobre isso.
"A produção de leite, a produção de queijo, a produção de frutos vermelhos, a produção de flores, não imaginam os produtos que nós exportávamos ou consumíamos cá dentro e, de repente, com a paragem das economias, há uma sobreprodução", referiu, considerando que "é preciso que a Europa ajude, é preciso que Portugal ajude".
Durante esta visita, o Presidente da República foi ver a produção de tomate e, à distância de segurança, acedeu a um pedido de uma trabalhadora agrícola que lhe pediu "uma fotografia para mostrar à filha".
Entretanto, começou a chover e o Presidente da República e restante comitiva recolheram-se num pavilhão agrícola, onde Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas.
O chefe de Estado quis mostrar que o setor agrícola não está parado, assinalando a sua importância para a alimentação dos portugueses e para as exportações e dar "uma palavra de ânimo" aos trabalhadores do setor.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 59 mil.
Em Portugal, registaram-se 266 mortes e 10.524 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
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