Itália

Itália registou 22.253 novos contágios de covid-19 e 233 óbitos nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades italianas, que deverão confirmar ainda hoje novas restrições para combater a pandemia.

A redução de novos casos positivos tem sido normal às segundas-feiras, uma vez que se realizam menos testes ao domingo — nas últimas 24 horas, efetuaram-se 235.000 testes, contra os 183.000 de sábado.

No total, desde o início da pandemia, em meados de fevereiro, Itália contabilizou 731.588 casos de contaminação com o novo coronavírus, tendo-se registado 39.059 mortes.

A pressão hospitalar no país continua cada vez maior, e dos atuais 296.512 pacientes, 21.862 estão hospitalizados (mais 1.021 do que domingo) e 2.022 estão internados em unidades de cuidados intensivos (mais 83).

Com estes números, o primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, indicou hoje que vai impor o recolher obrigatório a nível nacional a partir das 22:00, já em vigor nalgumas comunidades, ou a partir da meia-noite, noutras.

Temporariamente, aos fins de semana, serão igualmente encerrados museus, salas recreativas e centros comerciais.

O decreto, que se aguarda seja aprovado na quarta-feira, definirá três áreas de risco e aplicará restrições mais ou menos severas numa determinada região em função dos dados epidemiológicos.

Nesse sentido, prevê-se que as restrições mais severas recaiam sobre algumas das cidades mais afetadas atualmente pela pandemia, como Milão, Turim e Génova.

O virologista italiano Andrea Crisanti, conhecido por ter conseguido travar a propagação do novo coronavírus na região de Veneto na primeira vaga da pandemia, defendeu hoje que o encerramento nas zonas de maior contágio “é importante” porque vai ajudar a reduzir a transmissão de covid-19.

Numa conversa com representantes da imprensa estrangeira em Itália, Crisanti admitiu que se poderá chegar ao Natal com “um nível baixo de contactos”, embora tenha salientado que, sem um sistema de vigilância ativa e sem soluções para a consolidar, os números poderão voltar a aumentar.

“Agora, as medidas de confinamento são o mais importante para travar a propagação e consolidá-la. Depois, deverá definir-se um novo confinamento geral de três a seis semanas para conseguir baixar os novos casos. Nenhum sistema de vigilância pode funcionar com um número de contágios muito grande”, defendeu.

Reino Unido

O Reino Unido registou 136 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas e 18.950 novas infeções, anunciou hoje o Ministério da Saúde britânico, numa altura em que a Inglaterra se prepara para entrar em confinamento.

No domingo tinham sido registadas 162 mortes e 23.254 novos casos, mas os números do fim de semana são frequentemente mais baixos devido ao atraso no processamento dos dados.

Nos últimos sete dias, o número de mortes aumentou 46% e o número de infeções subiu 4% relativamente aos sete dias anteriores.

O total acumulado desde o início da pandemia de covid-19 no Reino Unido é agora de 1.053.864 contágios confirmados e de a 46.853 óbitos registados num período de 28 dias após as vítimas terem recebido um teste positivo.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, apresentou hoje aos deputados uma proposta de confinamento durante quatro semanas em Inglaterra, de quinta-feira até 02 de dezembro.

"Modelos produzidos pelos nossos cientistas sugerem que, a menos que atuemos agora, poderemos registar no inverno duas vezes mais mortes do que na primeira vaga. Perante estes números mais recentes, não há alternativa senão tomar mais medidas a nível nacional", avisou.

De acordo com a proposta de confinamento do governo, a maioria do comércio vai ficar fechada, com bares e restaurantes restritos a serviços de venda para fora, mas escolas e universidades vão permanecer abertas.

As pessoas serão obrigadas a ficar em casa, exceto para trabalhar, exercício e compras essenciais.

Devido ao sistema de governos descentralizados, o confinamento aplica-se apenas em Inglaterra, mas os governos autónomos da Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales também impuseram restrições rígidas.

País de Gales e Irlanda do Norte estão em confinamento até 09 e 13 de novembro, respetivamente, enquanto que a Escócia está a avaliar essa hipótese, apesar de ter introduzido hoje um sistema de cinco níveis de restrições.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.