A reunião governamental, confirmada pela agência espanhola Efe, junto de fontes do executivo, ocorre um dia após o Tribunal Superior de Justiça de Madrid ter rejeitado as medidas impostas pelo Governo central de restrição de movimentação das pessoas na capital de Espanha, para lutar contra o aumento dos casos de covid-19.
Entretanto, o líder do partido populista espanhol de extrema-direita Vox, Santiago Abascal, anunciou, na noite de quinta-feira, que irá convocar "uma nova marcha pela liberdade" se o Governo decretar hoje o estado de emergência em Madrid.
Santiago Abascal reagiu através das redes sociais advertindo que, "se o tirano Sánchez voltar a decretar um estado de emergência ilegal", convocará para segunda-feira, 12 de outubro, uma nova marcha pela liberdade.
As novas medidas deverão ser anunciadas pelas autoridades de Madrid antes do início de um fim de semana alargado, que termina com o feriado de segunda-feira, comemorativo do dia nacional de Espanha.
As autoridades receiam que centenas de milhares de madrilenos vão passar o fim de semana fora, depois de a Justiça ter anulado as medidas de restrição da mobilidade do Governo central.
Em Espanha, as autoridades regionais têm competência exclusiva em matéria de saúde e o Governo central não tem o poder de lhes determinar as suas decisões em matéria de saúde.
Espanha registou na quinta-feira 12.423 novos casos de covid-19, um quarto dos quais em Madrid, elevando para 848.324 o número total de infetados no país desde o início da pandemia, de acordo com a informação divulgada pelo Ministério da Saúde espanhol.
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