“Falta, de facto, chegarmos a esse nível dos 20 óbitos por milhão de habitantes. Tem havido uma tendência decrescente e, portanto, vamos esperar para chegar lá o mais rapidamente possível, para que depois as decisões políticas possam ser tomadas em função daquilo que é o seu suporte e a decisão técnica”, disse António Lacerda Sales à margem da inauguração do Observatório Nacional de Envelhecimento, em Alte, no concelho de Loulé, distrito de Faro.
António Lacerda Sales referiu que, neste momento, Portugal está ainda com 25 óbitos por milhão de habitantes a 14 dias, valor ainda superior ao limiar de 20 óbitos.
A passagem do nível um para o nível zero de restrições implica que seja atingido o limiar de 20 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), uma das referências determinadas pelo Governo para o país levantar as restrições de controlo da pandemia
O secretário de Estado adiantou que, no entanto, “já foi atingida há muito” outra das metas para o fim das restrições: uma ocupação inferior a 170 camas nas unidades de cuidados intensivos por doentes covid-19, havendo atualmente nestas unidades “60 a 65 vagas”.
Segundo António Lacerda Sales, é preciso “esperar com tranquilidade, com serenidade” para atingir “esses indicadores epidemiológicos”, que são “fundamentais” para que depois se possam tomar “as medidas políticas certas”.
No nível zero, a máscara não será obrigatória, mas apenas recomendada para quem tem sintomas, deixa de ser exigido certificado digital e a testagem será apenas feita com o apoio de uma rede sentinela.
Segundo o relatório sobre a situação epidemiológica divulgado na sexta-feira, a mortalidade por covid-19 estava, na última segunda-feira, nos 27,7 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes, o que corresponde a uma diminuição de 20% relativamente ao período anterior (34,6 mortes).
A covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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