Em declarações à agência Lusa, o presidente do município, Basílio Horta (PS), explicou que a iniciativa “Regresso em Segurança às Escolas de Sintra” servirá para acautelar a propagação do novo coronavírus.
“Era um investimento muito necessário, era um investimento imprescindível. Nós vamos ter aqui, em Sintra, 47 mil crianças – meninos e meninas – que vão ter pela primeira vez escola presencialmente [desde o período de confinamento e o ensino à distância]. Nós temos o dever de, com todos os meios que temos ao nosso dispor, prevenir o contágio [da covid-19]”, realçou.
De acordo com o autarca, o programa faz parte de um conjunto de medidas de prevenção praticadas pela autarquia.
Compreendendo 30 agrupamentos e 157 edifícios escolares, o regresso da comunidade escolar sintrense envolve mais de 47.552 alunos, 4.221 professores e 1.531 pessoal não docente, que terão, agora, elementos de desinfeção e higienização pessoal nos estabelecimentos de ensino “do setor público e do setor privado”.
Segundo Basílio Horta, o município vai garantir um ‘kit’ à comunidade educativa, com um saco, máscara e frasco de solução antissética de base alcoólica.
“A entrega dos ‘kits’ não será regular. Será entregue no primeiro ano escolar e depois será regular para quem não tiver capacidade financeira. Os rendimentos sociais de inserção e os salários mínimos, esses, têm apoios sociais […] e aí câmara não deixará de tomar em conta essa situação”, afirmou.
Além da entrega dos ‘kits’, o programa visa a instalação, na entrada de todos os estabelecimentos de ensino pré-escolar e do 1.º ciclo, dispensadores de álcool desinfetante, bem como irá garantir em todas as escolas do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário equipamentos eletrónicos dispensadores de gel com medição de temperatura sem necessidade de contacto.
De acordo com o município, serão também instalados doseadores de pé com álcool, em cada pavilhão das escolas do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, adiantando que “em todos os locais de atendimento ao público das escolas serão instalados painéis acrílicos de proteção”.
Basílio Horta lembrou ainda que a autarquia preparou todos os refeitórios escolares, de todos os níveis de ensino, para a possibilidade de disponibilização de ‘kits’ alimentares para consumo no domicílio dos alunos, em regime de ‘take away´, acrescentando que será garantida a distribuição de refeições a pais de alunos que “tenham ficado no desemprego”.
O próximo ano letivo tem início entre 14 e 17 de setembro, com o regresso das atividades letivas presenciais, depois de um ano que terminou com o ensino à distância, devido à pandemia.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 832 mil mortos e infetou mais de 24,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.815 pessoas das 57.074 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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