Pequim aumentou o nível de emergência, visando conter a disseminação do surto, que somou 183 casos nos últimos sete dias. Ao decretar o segundo nível de emergência, os comités de bairro voltaram a verificar a identidade e o estado de saúde dos residentes e a medir a temperatura à entrada.

A cidade implementou medidas extraordinárias para conter o surto detetado no principal mercado abastecedor da capital chinesa e está a testar funcionários de todos os restaurantes, universidades ou mercados.

O epidemiologista chefe do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças, Wu Zunyou, disse na quinta-feira que o surto “está sob controlo”, graças às medidas tomadas, e que “a curva vai achatar gradualmente”.

Segundo o epidemiologista, estes tipos de surtos eram “esperados” e “poderiam ter aparecido em qualquer lugar”, mas felizmente “Pequim agiu rapidamente para minimizar o máximo possível”.

Medidas de confinamento parcial implicam a suspensão de todas as aulas presenciais no ensino básico, médio e superior, e a recomendação aos residentes que trabalhem a partir de casa, enquanto as comunidades em áreas de “alto risco”, com casos confirmados, por exemplo, estão seladas e os moradores proibidos de se deslocarem.

Bibliotecas, museus e parques permanecem abertos, mas por tempo limitado e com capacidade não superior a 30% do limite.

Ligações aéreas a outras províncias foram suspensas e pessoas que residem em áreas de risco “médio-alto” ou funcionários e restante pessoal ligado ao mercado abastecedor estão proibidos de deixar Pequim.

Além dos 25 casos detetados em Pequim, a China registou outras três infeções por transmissão local: dois na província de Hebei, adjacente a Pequim, e outra na província de Liaoning, no noroeste do país.

Nas últimas 24 horas, o país diagnosticou ainda quatro casos oriundos do exterior: três na província de Guangdong, adjacente a Macau, e outro na província de Gansu, no oeste.

A Comissão de Saúde da China não relatou novas mortes em todo o país.

O número de casos ativos fixou-se em 293, entre os quais treze em estado grave.

De acordo com os dados oficiais, desde o início da pandemia, a China registou 83.325 infetados e 4.634 mortos, devido à covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 450 mil mortos e infetou mais de 8,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.