Em comunicado enviado à agência Lusa, a Universidade do Minho (UMinho) explica que aquela conclusão tem por base o "Índice de satisfação da procura" da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), que contrapôs o número de vagas com o número dos alunos que colocaram essa formação como primeira opção para o ano letivo de 2016/2017.

Para o diretor daquela licenciatura, com a duração de três anos, Fernando Conde Monteiro, a "grande procura" deve-se à "crescente importância social da área" e à sua importância na avaliação de realidades como o terrorismo.

"A sociedade precisa de pessoas especializadas no conhecimento da realidade psicológica, social e judicial do crime, pois são uma mais-valia na avaliação das questões do terrorismo, na investigação forense, nos processos de interrogatório aos arguidos, no estudo da vitimologia e no apoio à reinserção social", justifica o responsável no texto.

A Criminologia, realça no texto Fernando Monteiro, "é recente em Portugal, mas está muito desenvolvida em países como Reino Unido e EUA", sendo que aquela licenciatura envolve a Escola de Direito, a Escola de Psicologia e o Instituto de Ciências Sociais da UMinho.

Segundo a DGES, 254 candidatos ao Ensino Superior colocaram Criminologia e Justiça Criminal na UMinho como primeira opção mas foram quase 900 a elencá-lo nas seis escolhas possíveis no boletim de acesso ao superior.

O curso conta atualmente com 25 alunos, sendo que 20 entraram pelo concurso normal e cinco por outros regimes de ingresso.