“Infelizmente, [as conclusões] são as esperadas, num contexto de uma Europa muito dividida”, referiu, durante uma visita à Feira do Cavalo de Ponte de Lima.
Sublinhou que em Portugal há “um largo consenso” sobre esta matéria, mas ressalvou que o mesmo não acontece em todos os países da União Europeia (UE).
“Sabemos que só trabalhando bem, com regras, mas numa perspetiva de grande acolhimento e acolhimento humano, nós podemos progredir enquanto país, enquanto Europa, enquanto espaço no mundo que quer continuar a marcar-se pela diferença, mas sabemos que essa não é a perspetiva de todos os países na UE”, afirmou.
Para Assunção Cristas, os países que têm uma perspetiva de mais acolhimento devem resolver “as questões de fundo”, de forma a que sejam capazes de integrar, educar e dar trabalho aos migrantes.
“Se não formos capazes de o fazer, falharemos e daremos mais lugar a outro tipo de abordagens e outro tipo de discursos que não nos trazem nada de bom e em relação aos quais o CDS é claro na sua rejeição”, rematou.
Na sexta-feira, os líderes da UE, reunidos em cimeira, alcançaram um acordo sobre migrações que prevê a criação de plataformas de desembarque regionais fora da UE, sobretudo em países da costa africana, e de centros controlados nos Estados-membros, bem como o reforço do controlo das fronteiras externas.
O acordo foi conseguido após uma maratona negocial e um braço-de-ferro com a Itália, que chegou a bloquear as conclusões do primeiro dia de trabalhos.
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