“Os CTT asseguram, enquanto concessionários do Serviço Postal Universal, os padrões de qualidade de serviço e cobertura de rede previstos na lei e no contrato de concessão. Relativamente ao ano de 2017, os CTT cumpriram uma vez mais o Indicador Global de Qualidade de Serviço, tendo atingido um valor de 110,1, superior ao objetivo definido de 100”, lê-se no comunicado hoje emitido pelo operador postal.

Salientando que este indicador global, que engloba 11 indicadores específicos, “é dos mais abrangentes em termos de diversidade de critérios a nível europeu”, os CTT dizem ser por ele avaliadas “diversas componentes relativas à entrega de correio e também o tempo de fila de espera no atendimento”.

“Em 2017, os CTT aumentaram o número de indicadores acima do objetivo e corrigiram a performance de um indicador relacionado com o correio normal (o único inferior ao mínimo em 2016), tendo um dos indicadores relacionados com o correio azul e um dos relacionados com o correio transfronteiriço (que não depende exclusivamente dos CTT) passado a estar abaixo do mínimo. Os indicadores mais relevantes, relacionados com correio normal, correio registado, encomendas e tempo de atendimento foram cumpridos”, sustenta.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) divulgou na quinta-feira que as reclamações no setor das comunicações aumentaram 35% no ano passado, face a 2016, para 72.000, tendo os CTT sido “responsáveis por 93% do total de reclamações recebidas” nas comunicações postais.

Segundo a Anacom, “as reclamações relativas a este operador aumentaram 47% face a 2016”, sendo os principais motivos questões relacionadas com atrasos significativos na entrega da correspondência, extravios e demoras no atendimento.

No comunicado hoje emitido, os CTT defendem ser “fundamental desenvolver em permanência um modelo de sustentabilidade de longo prazo para o setor de serviços postais e para o serviço público, dado que o volume de correspondências tem estado numa contínua diminuição desde 2001”, e recordam que “não recebem qualquer compensação por ser o prestador do Serviço Postal Universal” num mercado que se “encontra liberalizado, podendo qualquer empresa nele operar”.

De acordo com os CTT, o total de cartas enviado atualmente é “cerca de metade” do enviado em 2001 (cerca de 700 milhões de correspondências em 2017, contra 1.400 milhões em 2001), sendo esta “fortíssima redução” uma “consequência da digitalização da sociedade e da economia”.

Uma situação que, sustenta, se verifica “em Portugal como em todos os países europeus e noutras partes do mundo e tem vindo a impor uma profunda transformação de todos os operadores postais”.

No caso dos CTT, refere, este contexto tem implicado “uma estratégia de transformação do negócio para garantir a qualidade, a eficiência e a sustentabilidade de longo prazo da empresa”, que está quase a completar 500 anos e emprega mais de 12.000 pessoas.