Na terça-feira, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) informou a Universidade Católica que tinha acreditado aquele que será o primeiro curso de Medicina ministrado em Portugal por uma instituição privada.

O curso foi desenhado para ter 100 alunos, mas no primeiro ano de funcionamento, que a instituição acredita ser no ano letivo de 2021/2022, terá menos, revelou a reitora da UCP.

O valor das propinas ainda está a ser alvo de avaliação, sendo certo que será “mais elevada” do que o valor pago por um aluno de medicina de uma instituição pública.

“O custo de formação de um aluno de Medicina na Católica não estará longe do custo de um aluno de uma universidade estatal, sendo que esta é subsidiada pelo Orçamento do Estado”, lembrou Isabel Capeloa Gil.

“Vamos encontrar meios para que a propina, sendo mais elevada, possa ser compatível para que as famílias a possam pagar”, garantiu a reitora, dando como exemplo os estudantes portugueses que optam por ir estudar para o estrangeiro por não conseguir vaga em Portugal.

Além disso, apontou, “a universidade tem um conjunto de bolsas por mérito e bolsas sociais”. A reitora apelou por isso aos bons alunos que se candidatem porque “ninguém deixará de entrar”.

As aulas deverão começar em setembro de 2021, pondo fim a um processo iniciado há quase dois anos.

A Católica apresentou um pedido inicial de acreditação em outubro de 2018 que foi “chumbado” pela A3ES em dezembro do ano passado. A instituição apresentou novo pedido que foi agora autorizado.

O novo curso de Medicina conta com uma parceria com a Universidade de Maastricht e o Grupo Luz Saúde e “distingue-se dos currículos tradicionais por ter uma abordagem mais prática e integrada desde os primeiros anos”, segundo uma explicação do gabinete de imprensa da UCP.

Para a reitora, a decisão agora conhecida “robustece o sistema de Ensino Superior, permitindo que mais jovens se possam formar em Portugal e garantindo a supervisão da qualidade daqueles que praticam medicina no nosso país.”

O curso será lecionado em inglês e está aberto a estudantes internacionais.

A decisão da A3ES surge poucos meses depois de o Ministério da Ciência e do Ensino Superior permitir às universidades públicas que aumentassem o número de vagas para a formação de médicos. No entanto, tal não aconteceu.

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