À margem de uma ação de campanha para as eleições internas do PSD, em Vila Verde, distrito de Braga, Riu Rio defendeu que pertencer ou não a organizações como a maçonaria ou Opus Dei não é uma questão do "foro íntimo" quando alguém de propõe a exercer um cargo político.

O PAN vai dar entrada na Assembleia da República na segunda-feira de uma proposta que prevê uma alteração ao regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, por forma a que estes declarem a "filiação ou ligação a organizações ou associações de caráter discreto [como a Maçonaria e a Opus Dei] em sede de obrigações declarativas", indo de encontro ao programa eleitoral que o PAN apresentou às legislativas de outubro.

"Se a proposta avançar parece-me que é uma proposta interessante. Se nós estamos a falar em matérias de transparência, e toda a gente enche a boca com a transparência, eu acho que é transparente toda a gente dizer aquilo a que pertence, principalmente quando aquilo não é transparente", afirmou Rui Rio quando questionado sobre a iniciativa do PAN.

Para o também deputado e líder parlamentar do PSD, pertencer a uma organização daquele género "quando se vai para um cargo politico não é do foro intimo".

"Quando me proponho para um cargo público tenho que ser escrutinado, não na minha vida pessoal, como é evidente, mas quanto aquilo que são a minhas atividades que possam interferir com a minha vida politica", defendeu.

Já a discursar na sala, perante cerca de 150 militantes, Rio voltou a afirmar que a oposição que defende é "constitutiva e não futebolística".

"Não há ninguém que faça tudo mal e quando eu sou oposição a um governo qualquer se eu parto do princípio que tenho que dizer que faz tudo mal, eu estou em divórcio com quem está lá fora. Tem que se ter até, de certa forma, a humildade de concordar quando se tem que concordar, porque a humildade está diretamente ligada à grandeza e a arrogância diretamente ligada a estupidez", defendeu.

Sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2020, que o Governo deverá apresentar na segunda-feira, Rio não quis dizer quais as expectativas relativamente ao documento.

"Nós vamos ter conhecimento do orçamento e não o dominámos imediatamente. Carece ser visto e apreciado. Terei oportunidade de fazer uma primeira apreciação, terei a oportunidade de falar sobre aquilo que são as linhas mestres do orçamento e depois na especialidade de cada matéria em concreto. Tudo aquilo que concorra para o dossier orçamento irei falar na devida altura", disse.

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