As imagens divulgadas não deixavam margem para dúvidas: Grzegorz Braun apagou as velas de uma menorá com um extintor. Segundo o The Guardian, o Parlamento polaco fez uma pausa nos trabalhos para tratar do incidente e o deputado foi suspenso durante o resto do dia.

Donald Tusk, cujo novo governo obteve um voto de confiança na terça-feira e que já tinha proferido um discurso no Parlamento, descreveu o incidente como "uma vergonha". "Isto é inaceitável. Não pode voltar a acontecer", acrescentou.

O rabino Sholom Ber Stambler, que acendeu a menorá no parlamento nos últimos 17 anos, para a celebração do Hanukah, referiu que Braun é "um antissemita que queria chamar a atenção".

"Ele queria destruir uma atmosfera muito animadora de tolerância e liberdade de religião", acrescentou.

Todavia, sugeriu também que a sucedido teve o efeito oposto ao pretendido."Recebi muitos telefonemas e mensagens de deputados polacos, de pessoas que vivem na Polónia; todos me enviam muita solidariedade e carinho, lamentando e pedindo desculpa por isto", disse numa entrevista telefónica.

Quanto ao deputado, não hesitou em manifestar-se sobre a sua atitude: "Aqueles que participam em atos de adoração satânica deviam ter vergonha". E, de seguida, saiu do hemiciclo, apertando a mão a outros deputados de extrema-direita.