“Se por algum ato milagroso houver uma mudança de atitude por parte da deputada Joacine Katar Moreira obviamente que trabalharemos” com a única representante do partido no parlamento, afirmou Pedro Mendonça, em declarações aos jornalistas no final do IX Congresso do Livre.
O membro do Grupo de Contacto (direção) eleito hoje afirmou que a direção atual mantém a posição de apoio à resolução da 42ª Assembleia do Livre, que propôs a retirada de confiança política na deputada.
Pedro Mendonça acrescentou que, para além do Grupo de Contacto, a nova Assembleia (órgão máximo entre congressos) "também é de continuidade”.
“Tudo faremos para que a situação seja resolvida o mais rapidamente possível, esta é uma situação insustentável”, afirmou.
Momentos antes, a deputada disse, em declarações aos jornalistas, que as partes envolvidas vão necessitar de conversar e encontrar-se “imensamente” e “regularmente”, bem como decidir “o que é preciso alterar, o que se pode melhorar.
Em resposta a estas declarações, Pedro Mendonça afirmou que as relações entre a deputada e o Grupo de Contacto continuam “cortadas” e acrescentou que Joacine Katar Moreira terá de entender que foi eleita por um partido e não sozinha.
“Em política não há impossíveis e todas as pessoas têm de ter essa noção mas há responsabilidades e há saber o que se representa”, adiantou.
O Livre como partido já existia, com o seu programa político e carta de princípios, “que Joacine assinou”, lembrou.
Pedro Mendonça sublinhou que a direção responde à Assembleia e acrescentou: "Se foram levantadas dúvidas sobre os métodos utilizados para a decisão que os órgãos cessantes tomaram, retomaremos toda a situação”.
Para já, se Joacine Katar Moreira mantiver “o grau de lisura e um nível de conduta educacional que se exige em politica como na vida”, Pedro Mendonça admite ser possível retomar relações.
O congresso do Livre decidiu no sábado que caberá à Assembleia que foi eleita hoje decidir sobre a eventual retirada da confiança política à única deputada do partido.
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