"A confirmarem-se as projeções, ao fim de 43 anos acabou o poder absoluto na Madeira" e "o PSD não voltará a ter maioria absoluta", declarou Ana Catarina Mendes na reação da direção nacional do PS às projeções sobre os resultados das eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira.

Ana Catarina Mendes salientou que, nestas eleições, o PS "obterá o seu melhor resultado de sempre em regionais da Madeira", prevendo-se que "mais do que triplique" o seu número de mandatos na Assembleia Legislativa.

"Quero saudar todos os socialistas e simpatizantes do PS que se empenharam nestas eleições para um grande resultado na Região Autónoma da Madeira. Tudo isto nos leva a dizer que o PS continua mobilizado para o próximo dia 06 de outubro", disse, aqui numa alusão às eleições legislativas.

Perante os jornalistas, a secretária-geral adjunta socialista começou por se congratular com o aumento da taxa de participação, "o que diz muito da vontade de mudança na Região Autónoma da Madeira".

Questionada se fica satisfeita com um segundo lugar que retira a maioria absoluta ao PSD, a "número dois" da direção nacional do PS alegou que o seu partido pediu aos eleitores "que lhe dessem uma grande vitória".

"Estamos ainda a falar de projeções e os resultados estão em aberto. Como disse o secretário-geral do PS/Madeira [João Pedro Vieira], até ao final da noite, tudo está em aberto. Mas, a confirmarem-se as projeções, este é um excelente resultado para o PS", insistiu Ana Catarina Mendes.

Segundo a projeção da RTP/Católica, o PSD deverá vencer as eleições legislativas regionais na Madeira, com 37% a 41% dos votos, estimativa que a concretizar-se lhe retira a maioria absoluta no parlamento

De acordo com a projeção, o PSD elege entre 19 e 23 dos 47 deputados da assembleia regional, enquanto o PS alcança 34% a 38% dos votos (17 a 21 mandatos), o CDS-PP de 5% a 7% (dois a três deputados), e o Juntos Pelo Povo (JPP) 3% a 5% (uma a dois mandatos).

Segue-se a CDU, com 1% a 3%, o BE, também com 1% a 3%, e o PAN, com 1% a 2% - partidos que podem ou não eleger um deputado.